sábado, 1 de outubro de 2011

A Alegria de se ter um Salvador.

Por: Idauro Campos


“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-11).


Este texto registrado no Evangelho de Lucas nos explica a razão pela qual a salvação nos alegra tanto. Vejamos:

1 – É uma Dádiva dos Céus:

Perceba que no versículo 9 do mesmo capítulo, somos informados que aquele mensageiro, que anuncia o nascimento de Jesus Cristo, era um “anjo do Senhor” que “desceu” (dos céus).

O homem não pode salvar a si mesmo. E não pode salvar-se pelo simples fato deste homem encontrar-se morto em delitos e pecados (Ef 2.1). Embora não perceba, o homem é um escravo do pecado. Está sob o domínio do diabo que influencia toda a sua vida (Ef 2.2). Essa escravidão espiritual afeta todas as dimensões da vida humana, sejam elas morais, cognitivas, psicológicas e, principalmente, espirituais. Todas as tentativas do homem em resolver seus dramas existenciais fracassam em decorrência de sua natureza corrompida. O homem é um ser terreno, limitado, finito, mortal e, logo, efêmero. Não pode, portanto, produzir, desenvolver e alcançar a própria libertação espiritual. Daí, então, o fracasso das religiões. Todas, sem exceção, são propostas (algumas bem intencionadas), de construir um projeto de aproximação entre Deus e o homem. Mas, este não pode aproximar-se de Deus. Não conhece o caminho! Há querubins guardando o caminho da árvore da vida (Gn 3.24). Sozinho, o homem, jamais a encontrará!

Destarte, a salvação é um presente. É dada. Não pode ser comprada. Conquistada. E é oferecida pelo único que poderia fazê-lo, pois tem o poder para isso: Deus. A Salvação é um presente de Deus. É um presente que Ele tem prazer em nos dar. Se Deus não a nos disponibilizasse, através de Cristo, estaríamos perdidos para sempre. Por isso a Salvação alegra-nos tanto. Estava fora de nosso alcance. Mas, Ele, graciosamente, nos deu.

2- É Para Todos:

A salvação anunciada pelo anjo não era dirigida apenas aos pastores que se depararam com ele (vs 8), mas para “todo o povo”. Todos deveriam saber do ocorrido extraordinário na Cidade de Davi. Homens, mulheres, crianças, jovens, anciãos, casados, solteiros, viúvas, órfãos, escravos, livres, nativos, estrangeiros, ricos, pobres, excluídos, marginalizados, judeus e gentios, enfim, todos poderiam ser alegrar com o nascimento do Salvador. O acesso a Deus não era exclusividade de uma etnia (como os judeus acreditavam); não era privilégio de gêneros, classe social e ou faixa etária. Não! Deus, agora, em Cristo, se fazia a conhecer a todo o povo. O acesso estava liberado. Cristo abriu o caminho. Abriu às crianças (Mc 10.4); abriu aos idosos (Lc 2.36-38); abriu às mulheres (Mc 16.9); abriu aos homens (Mt 4.18-19); abriu aos estrangeiros (Mt 15.21-28); abriu aos judeus (Mt 10.6); abriu aos gentios (Mt 8.5-13); abriu aos marginalizados (Mt 4.24); abriu aos ricos (Lc 8.3); abriu aos pobres (Mt 11.5); abriu aos doentes (Mt 11.5); abriu aos publicanos (Lc 5.27,28); abriu para mim; abriu para você; abriu para todo o povo, enfim. Isso é ou não motivo de extrema alegria? Muitos, ao redor do mundo, vivem em sociedades marcadas por profundos contrastes sociais. A desigualdade é um dos grandes males contemporâneos. Nem todos têm as mesmas oportunidades. Mas, quando pensamos na Salvação e na alegria que proporciona podemos entender a letra do salmista quando conclama-nos a Cantar ao Senhor por que Ele vem julgar “o mundo com justiça e os povos com equidade” (Sl 98.9). Não há prediletos entre os homens diante de Deus! Todos pecaram e destituídos estão de sua glória (Rm 3.24). Todos, portanto, precisam d’Ele e podem, em Cristo, encontrá-LO (João 14.9). A salvação é para todos! Que maravilhosa notícia!



3- É Para Hoje:

A boa notícia da salvação trazida pelo anjo do Senhor ainda possuía uma característica maravilhosa! Não era uma promessa! Não era um prognóstico. Não! Era um fato! O Salvador, enfim, tinha nascido! Ele declarou: “hoje, vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”. Era uma realidade. Não mais uma esperança. Não mais uma expectativa. Mas, sim, seu cumprimento. A salvação, e a alegria que a mesma trazia, haviam chegado. O Salvador estava entre os homens!

Os governos apresentam suas plataformas de realizações e seus programas de reformas, prometendo às populações melhorias que nunca chegam. Jovens sonham com um mundo melhor, mas que permanece apenas como uma utopia. Filmes e novelas criam a ilusão de que todos terão um final feliz um dia, a despeito da realidade dura da vida. A sociedade sofre da síndrome do Sr. Micawber, personagem do romance de Charles Dickens, intitulado David Copperfield, que era incapaz de pagar suas contas, mas acreditava que algo fantástico e mágico poderia lhe acontecer a qualquer momento.

A salvação que Deus nos oferece não é uma utopia. Não é um sonho. Não é mais uma promessa. Não está em um futuro distante. É um fato! E é para hoje! É para agora! Afinal, o Salvador nasceu! Esteve e está entre nós! Deus entrou na rotina e agenda da humanidade, se fazendo igual aos homens (Jo 1.14), identificando-se conosco e garantido-nos no tempo presente a sua salvação. Não é por menos que o anjo declarou “hoje:” hoje, vos nasceu o Salvador “. Todos os homens ao redor do mundo, portanto, podem hoje mesmo, agora mesmo, se alegrarem com esta grande e maravilhosa notícia! Aleluia!




Conlusão:

A salvação é presente de Deus! Está disponível a todos os homens em qualquer lugar do mundo. E hoje mesmo podemos, pela fé em Jesus Cristo, nos apropriarmos dela. Somos ou não somos o povo mais feliz da terra? Soli Deo Gloria!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário