Reforma Protestante
POR: Charles Loreti
Já se vão 493 anos que o monge alemão Martinho Lutero causou um reboliço no seio da Igreja Romana. Com suas noventa e cinco teses pregadas na porta do castelo de Wittenberg ele queria chamar a atenção da Igreja de Roma para os erros doutrinários em que ela estava inserida. Não era intenção de Lutero rachar a Igreja e sim trazê-la de volta para o eixo, mas para o clero, tomar esta decisão era aceitar que errou, que enganou, que usou do poder eclesiástico para fundamentar seus caprichos e sofismas, logo era mais fácil excomungar a “semente do mal”, pois assim que Lutero era visto.
Por que Lutero não foi para a fogueira? Por que não foi pego pela Inquisição? Por um fator muito simples, ele tinha os príncipes alemães e anglo-saxões a seu favor que encontraram nele um motivo de não mais pagar impostos a Roma.
O movimento da reforma iniciado por Lutero em 31 de outubro de 1517, quando este pregou a então 95 teses no castelo, deu início ao que ficou conhecido por protestantismo, pois protestava contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana.
As idéias de Lutero se resumem em cinco pontos, as quais são: sola fide (somente a fé); sola scriptura (somente a escritura); sola Christus (somente Cristo); sola gratia (somente a graça) e soli deo gloria (glória somente a Deus). Com estes princípios bem fundamentados Lutero tumultuou todo o século XVI. Com a reforma nasce a Igreja Protestante que também é Igreja Uma (pois faz parte do corpo de Cristo) Santa (porque é separada) Católica (porque é universal) e Apostólica (porque está fundamentada na doutrina dos apóstolos) só não é Romana, pois não está subjugada as doutrinas do pontífice.
Será que o Protestantismo de hoje precisaria de uma reforma? Com certeza sim! Mas no mesmo âmbito da reforma de Lutero seria impossível devido a pluralidade das denominações existente hoje. No século XVI havia uma única Igreja, já hoje...
Infelizmente quando falamos de reforma dentro das Igrejas Evangélicas, isto se refere abrir uma outra Igreja e/ou fundar uma outra denominação. O que precisamos na verdade e voltar aos princípios da Reforma, aos lemas da Reforma e se apegar a tônica dos reformadores: Igreja reformada, sempre reformando.
Soli Deo Gloria!
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