Dr. Augustus Nicodemus Lopes escreveu em abril de 2010 um artigo cujo título era “ Os Desigrejados”. Ao lê-lo, percebi que estava diante de um campo de pesquisa interessante e resolvi, então, fazê-lo e investi meu tempo entre os anos de 2010 -2013. O resultado disso foi a minha dissertação de mestrado em Ciências da Religião: "Desigrejados - Teoria, História e Contradições do Niilismo Eclesiástico" Um trabalho de mais de 160 páginas que contém mais de 700 notas de rodapé ( A Banca Examinadora foi realizada em 24 de junho de 2013).
Abaixo, segue alguns dados estatísticos publicados em 2012 no GENIZAH, sobre os Desigrejados no Brasil.
Extraído do site: http://www.genizahvirtual.com/ 2012/07/desigrejados-consomem- mais-livros.html#ixzz2OvpCSsaH
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A PESQUISA
Segundo a pesquisa, os
desigrejados são o grupo de evangélicos que declararam comprar mais livros por
ano, adquirindo quase 45% mais livros por ano do que a média dos evangélicos
com vínculo denominacional.
Já em relação ao tipo de
envolvimento com a igreja, os pastores são o grupo de respondentes apresentando
a maior média de livros comprados por ano, mas ainda um pouco abaixo da média
dos evangélicos "sem vínculo".
Os desigrejados são também o
grupo com a maior média de participação em eventos não denominacionais, tais
como: congressos, encontros, jornadas, seminários, etc.
Segundo o diretor do BEPEC,
Danilo Fernandes, estas observações revelam o interesse deste grupo na
manutenção de vínculos de comunhão, ainda que alternativos: “Está claríssimo
que o desigrejado se mantem no alvo e busca conhecimento da Palavra. Seja qual
for a razão que o afastou da comunhão tradicional, “decepção” com líderes e/ou
doutrinas, ou qualquer outra razão, o desigrejado é um interessado pelo
conhecimento das Escrituras e o aprimoramento teológico, o que é bem mais do
que se pode dizer da maioria”, alfineta Fernandes.
A seguir, alguns highlights da
pesquisa:
• O tempo médio de Evangelho
(conversão) do desigrejado é de 5,6 anos – não são novos na fé, portanto.
• 63% dos respondentes declarou
que voltaria a ter comunhão, caso encontrasse uma comunidade saudável – segundo
a sua percepção – e que não apresentasse os vícios e as malversações que os
afastaram da comunhão.
• 62% são egressos de
denominações neopentecostais com teologia atrelada à confissão positiva.
• 5.3% afirmam que foram em algum
momento “disciplinados”. Destes, 72% informam que isto se ocorreu na ultima
instituição em que estiveram vinculados.
• 29% informa não pretender
vinculo com outra igreja novamente. 62% declara acreditar na possibilidade de
um novo vinculo e 9% não sabem (ou não quiseram responder).
• 29% do total de desigrejados
informa estar mais propenso a vir participar do movimento de igrejas em casa ou
de algum tipo de comunidade alternativa.
• 33% informa estar mais propenso
a se vincular a outra comunidade tradicional.
• 12% dos respondentes declarou
visitar outras comunidades ocasionalmente em busca de um local para congregar.
A pesquisa foi realizada por
meios digitais utilizando a mesma ferramenta - AKNA SURVEY - em uso pelo IBOPE
e outras grandes empresas. A investigação fez uso do cadastro do BEPEC com 1,8
milhão de evangélicos cadastrados. A metodologia empregou amostragem
estratificada proporcional, segundo a participação dos grandes grupos da
população evangélica na população brasileira (pentecostais, reformado,
tradicionais e neopentecostais). Os respondentes totalizaram 1062 por grupo.
Sendo uma pesquisa ad hoc, os
dados completos não estão disponíveis para o público. A divulgação deste resumo
foi autorizada pelo contratante para a apresentação, em primeira mão, no evento
global do Tribal Generation 2012 pelo diretor do BEPEC, Danilo Fernandes.
Atenciosamente,
Idauro Campos -
Pastor da Igreja Congregacional de Niterói.
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