Por: Idauro Campos
1- Nos dias de Moisés
2- No Período Monárquico
3- Durante o Cativeiro Babilônico
4- No Pós-Cativeiro
5- Nos Dias de Jesus
6- Na Igreja Primitiva e Neotestamentária
7- Na Patrística (Pais Apostólicos-Apolegetas e Polemistas)
8- Na Restauração com Carlos Magno e os Monges Irlandeses
9- No Escolasticismo
10- Na Reforma Protestante
11- Na Ortodoxia
12- Na origem da Escola Dominical
13- No Movimento Protestante Brasileiro
13-Para a Igreja Contemporânea.
Introdução:
Dividiremos nossa abordagem em 2 partes fundamentais: Bíblica e Histórica. Na primeira, observaremos as raízes da militância da educação religiosa entre o povo de Deus, desde a época de Moisés até os dias de Jesus. Na segunda, analisaremos os exemplos da História da Igreja e qual a sua importância para a mesma e para a Teologia.
I - Bíblica
1- Nos dias de Moisés –
a) Para a Formação Familiar - Dt 6.7,9; 11.18-22 (esfera doméstica).
b) Para a Formação Espiritual da Nação – Dt 31. 10-13 (esfera pública).
2- No Período Monárquico –
a) Para Instrução do Povo – 1 Samuel 12.23; 2 Cr 15.3 (promovida pelos sacerdotes levitas).
3- No Cativeiro Babilônico –
a) Para Preservar as Tradições em Terras Estrangeiras: Início da Sinagoga- Fase dramática do Ensino Religioso- Importância dos Fariseus.
4- No Pós-Cativeiro –
a) Para Restauração da Nação – Redescoberta da Centralidade da Lei- Avivamento – Ne 8. 1-9.3.
5- Nos Dias de Jesus -
a) Para anuncio do Reino de Deus – Formação dos discípulos e Formação da Sua Igreja;
b) Ênfase no Ensino: Nas sinagogas (Mt 6.2); nas casas (Lc 5.17; Mc 2.1); No templo (Mc 12.35); nas aldeias (Mc 6.6); entre as multidões (Mc 6.34); entre pequenos grupos (Lc 24.27) e à indivíduos solitários (João 3 e 4).
6) Na Igreja Primitiva e Neotestamentária:
a) Edificação da Igreja – Didaquê (Atos 2.42; 5.42; 28.31; Ef 4. 11; 1Tm 3.2; 2 Tm 4.2).
II – Histórica
1) Na Patrística (Pais Apostólicos, apologetas e polemistas):
a) Construção da Teologia Cristã – Ausência dos Apóstolos – Apologética – Formalização e Institucionalização da Fé Cristã (Gnosticismo: matéria má x espírito bom; salvação via gnose; Cristo resgatador das centelhas divinas dispersas; Cristo docético – Montanismo: Montano, sacerdote pagão frígio do século 2; rejeição aos bispos e às “ igrejas frias e mortas” e o Porta Voz do Espírito de Deus – Celso: ameaça externa- filósofo pagão do século 2; A verdadeira doutrina; um discurso contra os cristãos; crítica à adoração a Jesus, violação do monoteísmo, e à mutação da natureza divina por ocasião da encarnação.
2- Na Restauração da Civilização com Carlos Magno e os Monges Irlandeses:
a) Queda do Império Romano (século V)- Idade das Trevas (destruição dos vestígios de cultura ocidental)- Monges Irlandeses, copistas das Escrituras Sagradas e da literatura clássica ocidental; salvação da civilização ocidental - Carlos Magno (Séc VIII); reformas educacionais; mosteiros, catedrais e palatinas (as escolas do Império Carolíngio); Alcuíno ( monge inglês), reformador educacional do Império Carolíngio.
3- No Escolasticismo:
a) Coerência entre razão e fé (a razão como caminho para o conhecimento dentro da teologia; relação das filosofias não cristãs com a revelação; dialética) – Associações de indivíduos cultos, sábios e com didática para prover sustento; Formação das Universidades na Europa Medieval; emprego do trivium (lógica, gramática e retórica) e do quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música), como formas de análise dos objetos.
4- Na Reforma Protestante:
a) Ênfase no postulado Sola Scriptura e no livre exame das Escrituras Sagradas fortaleceram o valor da Educação Religiosa; Universidade de Genebra fundada por João Calvino (centro missionário); O sistema de educação pública na Alemanha; a multiplicação de escolas na Inglaterra puritana (1645-1660); Bíblia e Teologia como ponto de partida para os estudos seculares.
5)- Na Ortodoxia:
a) Erudição bíblica e manutenção das tradições luterana e calvinista; definição doutrinária; Johann Gerhard e Teodoro Beza, expoentes da Ortodoxia; Período dos Sínodos Teológicos, Confissões e Catecismo; Catecismo de Heidelberg (1563); Confissão Sínodo de Dort (1618); Confissão de Fé de Westminster (1647). Declaração de Savoy (1658); Confissão de Fé Londrina (1689); sistematização do calvinismo (infra e supralapsariano) e do arminianismo.
6) Na Origem da Escola Dominical:
a) Para salvação integral das crianças - Robert Raiks (1780); Gloucester (Sul da Inglaterra); abertura das igrejas para o ensino da Bíblia, inglês, aritmética e moral e cívica (Evangelho Integral).
7) No Movimento Protestante Brasileiro:
a) Para denúncia da escravatura e formação da primeira igreja evangélica brasileira; Robert Raid Kalley e D. Sarah Poulton Kalley (1855). Primeira escola dominical; 5 crianças estudando sobre Jonas; Classe para brancos e negros em 1855, 33 anos antes da abolição (1888).
8) Para A Igreja Contemporânea:
a) Para afirmação das verdades eternas de Deus ao homem; para combate do relativismo pós-moderno de uma sociedade sem Deus, sem referenciais, perdida e sem parâmetros; para a saúde espiritual da igreja.
Para Terminar:
Para que servem os teólogos?
“Perto do lago, numa estação de veraneio que conheço, existe um prédio com a placa pretensiosa de Centro de Controle Ambiental. É a usina de tratamento de esgoto, que está lá para garantir que nada polua a água; seu quadro de funcionário é composto por engenheiros hidráulicos e especialistas em despoluição da água. Pense nos teólogos como sendo os especialistas de despoluição da igreja. Seu papel é detectar e eliminar a poluição intelectual e garantir, até onde for possível ao homem, que a verdade de Deus, produtora de vida, flua pura e sem toxicidade para os corações dos cristãos. Sua vocação os obriga a agir como engenheiros hidráulicos da igreja, buscando tornar o fluxo da verdade mais forte e firme através de sua pregação, ensino e exposição bíblica; mas é particularmente como especialistas em remoção de sujeira espiritual que eu quero retratá-los. Eles devem testar a água e filtrar qualquer coisa que encontram e que confunda as mentes, corrompa os critérios e distorça a maneira como cristãos encaram sua própria vida. Se vêem cristãos desviados, precisam puxá-los de novo para o caminho; se os vêem vacilando, devem dar-lhes certeza; se os encontram confusos, devem esclarecê-los”.
James Innel Packer
Teólogo Anglicano.
Referências
GILBERTO, Antônio. A Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
GONZALEZ, Justo L. A Era das Trevas. São Paulo: Vida Nova, 2000.
MATOS, Alderi de Souza. Fundamentos da Teologia Histórica. São Paulo: Mundo Cristão, 2008.
MCGRATH, Alister. Teologia Histórica. São Paulo: Vida Nova, 2007.
------------------------------Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica. São Paulo: Shedd Publicações, 2005.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã. São Paulo: Vida, 2001.
PACKER, James Innel. Religião Vida Mansa. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.
SANTOS, Judiclay Silva. Como Os Irlandeses Salvaram a Civilização. Disponível: www. judiclay.blogspot.com. Acesso em: 02 de agosto de 2010.
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