sábado, 24 de setembro de 2011

O ÊXODO – ISRAEL EM CANAÃ – O REINO DE ISRAEL

O ÊXODO – ISRAEL EM CANAÃ – O REINO DE ISRAEL

Por: João Batista T.Costa.


I - O ÊXODO 1. Israel no Egito

Jacó (cujo outro nome era Israel) teve doze filhos, que foram os “filhos de Israel” originais. Mas todos estes progenitores das doze tribos de Israel não morreram em Canaã nem passaram seus últimos anos nessa região, mas no Egito, para onde foram impelidos pela fome. José tornou-se administrador da mais elevada categoria no Egito e também morreu lá (Gn 50.26). As historias de José e seus irmãos estão em harmonia com evidências de outros povos semíticos que viviam no Delta do Nilo, sobretudo entre aproximadamente 2000 e 1500 a.C.
As circunstâncias desse período concordam melhor que qualquer outro com o estilo de vida e acontecimentos que as narrativas patriarcais descrevem.

Êxodo 1.8 declara que “depois, levantou-se um rei sobre o Egito, que não conhecera a José”, uma das dinastias sucessivas está em mira, provavelmente a décima nona, cujos primeiros faraós construíram as cidades de pitom e ramesses, esta última como residência real na região do Delta, onde os israelitas tinham se estabelecido. Tornou-se conveniente usar os israelitas como trabalhadores escravos. À medida que os anos passavam, a escravidão dos israelitas ficou mais difícil de suportar (Ex 1.14). O exílio egípcio provavelmente durou, ao todo, 430 anos (Ex 12.40,41).



2. A Peregrinação

Até aqui estudamos as peregrinações daqueles que tinham de Deus uma promessa, e aguardavam ansiosamente por ela, tal promessa feita por Deus a Abraão através de Isaque. Agora estudaremos as peregrinações da nação cuja formação é o cumprimento desta promessa.

Fica difícil fixar com precisão os muitos lugares onde o povo de Israel fizeram suas paradas no deserto. Apesar de todas as investigações feitas para dar o roteiro, não é possível fazê-lo com exatidão; isto se deve em parte ao fato de a Bíblia não ser um tratado histórico e muito menos geográfico. Pelas mudanças ocorridas em uma região cercada de mar, em um período de três mil anos, tornaram difícil localiza-los com exatidão. O palco das maravilhas operadas por Deus através de Moisés foi Zoá, cidade real a leste do braço do Nilo.

Em êxodo 13.17,18 a bíblia diz: “E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e tornem ao Egito”.Mas Deus fez rodear o povo pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e subiram os filhos de Israel da terra do Egito armados“.

O povo podia chegar a terra prometida em poucas semanas, mas por esse caminho encontrariam os filisteus, e Israel não estava organizado para uma guerra. Então Moisés guiou o povo por um longo caminho, levando três meses para chegar ao Sinai. Deus cuida de tudo para proteger o seu povo.

O caminho normal, era a rota litorânea conhecida por “caminho da terra dos filisteus”

Como os egípcios tinham fortificações ao longo da única fronteira entre o Mediterrâneo e a cabeceira do Golfo de Suez, Israel se viu forçado a desviar para o sul em direção ao mar Vermelho.


A jornada de Israel no deserto pode ser dividida em quatro partes diferentes, que são:

a) – De Ramsés ao Sinai;

b) – Do Sinai a Cades-Barnéia;

c) – De Cades-Barnéia a Cades-Barnéia (andando em circulo);

d) – De Cades-Barnéia a Canaã.



2.1 – De Ramsés ao Sinai

Gósen: Ponto de partida cidade da região onde o povo judeu se estabeleceu (Ex 12.37);

Sucote: A sudeste de Ramsés. Ali levantaram o primeiro acampamento (Ex 12.37);

Etã: Na entrada do deserto. Lugar onde Deus manifestou a coluna de nuvem e a coluna de fogo (Ex 13.20);

Pi-Hairote: Diante de Baal-Zefom e ao norte do Mar Vermelho. Foi deste lugar que Faraó começou a perseguição ao povo de Israel (Ex 14.2);

Mar Vermelho: Em sua extremidade norte. No extremo norte do então chamado canal de Suez. O fato marcante aqui foi a travessia dos israelitas pelo meio do mar. De acordo com alguns historiadores a distância da travessia teria sido de 1 quilometro, outro fato inesquecível foi a morte dos egípcios no mar após a travessia do povo de Israel (Ex 14.22);

Mara: Entre o deserto de Etã ao norte, e o deserto de Sim ao sul, costeando o litoral ocidental da península do Sinai. O nome Mara quer dizer "amarga". Foi ali que Deus operou o milagre tornando as águas amargas e águas doces pela oração de Moisés (Ex 15.23);
Elim: Ligeiramente ao sul de Mara. Ali encontram um lindo Oásis, com setenta palmeiras e doze fontes dáguas (Ex 15.27);

Deserto de Sim: ficava no litoral ocidental da península do Sinai, parte oriental do Golfo de Suez. Israel murmura; e Deus manda o maná e codornizes; a instituição do sábado (Ex 16.1);

Refidim: A noroeste do Monte Sinai. Vários fatos se destacam neste lugar: A rocha foi ferida; os amalequitas destruídos; e Jetro, sogro de Moisés o aconselhou (Ex 17; 18.17-27);

Deserto do Sinai: Finalmente Israel chegou no Monte Sinai. Extremo sul da península que leva o mesmo nome. Provavelmente após três meses de jornada, onde ficou por mais ou menos um ano (Nm 10.11,12). Nesse lugar Deus deu a Israel três presentes: uma aliança renovada, uma lei moral e um sistema de sacrifício. A lei moral foi os dez mandamentos, complementados por outros estatutos e juízos. A nova aliança foi ratificada por sacrifício, quando o povo se comprometeu a guardar a lei. Além disso, Deus deu instruções para a construção do Tabernáculo.

Do Sinai a Cades-Barnéia

O Povo ficou acampado no Sinai cerca de doze meses, nesse tempo construíram o Tabernáculo, tempo suficiente também para se adaptar as diversas leis e sacrifícios instituídos por Deus.

Logo em seguida, a marcha começou. O Tabernáculo foi desmontado e os israelitas partiram do Sinai. Finalmente uns sete séculos depois de Deus ter prometido a Abraão que seu povo receberia a terra de Canaã, a promessa parecia prestes a cumprir-se (Nm 10.29).

Sinai: De onde partiram (Nm 10.11,12);

Taberá: A 48 quilometro a nordeste de Sinai. Lugar marcado pela murmuração do povo quando Deus enviou o fogo e os consumiu (Nm 11.3). Começava ali o povo dificultar sua própria chegada a Canaã.

Quibrote-Hataavá: Entre Taber e Hazerote. A princípio parece ser o mesmo lugar em que estavam, mas segundo alguns escritores, é um lugar um pouco mais adiante. Deus envia codornizes; morre os cobiçosos e a designação de setenta anciões (Nm 11.34).

Hazerote: A 64 quilômetros do Sinai. A murmuração de Miriã, ela fica leprosa e é curada (Nm 11.35; 12).

Cades-Barnéia: Ficava no deserto de Parã (Nm 12. 16; 13.26). Foi em Cades que Moisés envia doze espias para Canaã, levando quarenta dias para retornar; como resultado; os espias disseram que realmente a terra fluía leite e mel, mas acrescentaram que seus habitantes eram invencíveis (Nm 13. 27-29,31). Dois dos espias Calebe e Josué rogaram ao povo para que não desacreditassem de Deus. Mas o julgamento de Deus sobre o povo significou que nenhum adulto daquela geração iria entrar na terra prometida, exceto Calebe e Josué. A punição era peregrinar 40 anos no deserto (Nm 14.33,34).

De acordo com Números 14.32-34 e Deuteronômio 2.14, dois anos já havia se passado; faltavam ainda 38 anos.

De Cades-Barnéia a Cades-Barnéia

Uns 40 anos decorreram entre o êxodo do Egito e a entrada em Canaã, dos quais em sua grande maioria passados no oásis de Cades-Barnéia, no Neguebe. A história da peregrinação é interrompida no final do capítulo 14 e reinicia no capítulo 20 de Números. A partir deste ponto os 38 anos já se passaram, e eles estão agora na última arrancada para a terra prometida. Nesta fase o povo ficou andando em círculo, retornando ao mesmo lugar. Surge, então, a quarta etapa da viagem.

De Cades-Barnéia a Canaã

Cades-Barnéia: deste ponto deu-se a partida definitiva para Canaã. Segundo Números 20.1 neste lugar antes da partida; morreu Miriã irmã de Moisés. No verso 7 temos a desobediência de Moisés. Faltava água, e o povo começou a murmurar, então Deus diz para Moisés falar a rocha, mas ele fere com a vara novamente como em Refidim (Ex 17.6, Nm 20.8). Aqui também morre Arão e o próprio Moisés. Todos os três morrendo no mesmo ano (Manual Bíblico de H. H. Halley pág. 138).

Monte Hor: Norte do Golfo de Acaba. Neste monte temos a morte de Arão; ea destruição dos cananeus na região de Arade (Nm 20.22).

Elate: Conhecida como região do Mar Vermelho, no Golfo de Ácaba. Neste lugar ocorreu o episódio das serpentes ardentes (Nm 21.4).

Obote: Ao sul do Mar Morto.

Outeiros de Abarim: Nas terras de Moabe.

Ribeiro de Zerede: Rio que deságua no sul do Mar Morto.

Arnom: Ali Abraão pede passagem ao rei de Seom, mas é negado. Como conseqüência os amorreus são destruídos, quando Israel chega em suas terras (Nm 21.13). Deságua na parte oriental do Mar Morto.

Planicies de Moabe: Após a vitória sobre os reis de Moabe e Basã, Moisés continuou na sua campanha de guerra em destruir os povos para lhes tomar as terras, chegando até as regiões de Basã (no norte da Palestina além do Jordão). Depois disto retornam para as Campinas de Moabe. É neste retorno que acontece o encontro de Balaque com Balaão, onde vemos suas profecias de bênçãos para o povo de Israel e maldições para Balaque. Aqui também é feita a divisão das terras desta região as tribos de Rúbem, Gade e a meia tribo de Manassés feita ainda por Moisés. Algumas leis são estabelecidas: a cerca da divisão da terra; leis a cerca das heranças etc.; recapitulação das jornadas, as cidades de refúgio, cidades dos levitas, e a morte de Moisés (Nm 21.22-36; Dt 34).



II. ISRAEL EM CANAÃ 1. A Travessia do Jordão.

“Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria” (Js 1.6). Já antes de sua morte, Moisés tinha nomeado Josué para levar o povo a terra prometida. Agora Deus da a ordem a Josué para ele atravessar o Jordão.

Josué conduziu o povo pelo rio Jordão, no ponto oposto de Abel-Sitim, e assentou acampamento em Gilgal (Js 4.19). Deste lugar, Josué administrou suas campanhas militares ao sul de Canaã. Diante dos israelitas estava Jericó, antiga cidade murada; sua destruição foi a primeira vitória obtida na terra prometida. Aos poucos os israelitas foram conquistando as terras de Canaã, principalmente nos altiplanos. Porém, não ao todo; os cananeus, com seu armamento superior, sobretudo carros de ferro, continuaram a prevalecer nas regiões das planícies. Assim, quando a terra foi repartida entre as tribos de Israel, restaram algumas cidades a conquistar, tendo os israelitas de conviver lado a lado com os cananeus.
A área conquistada por Josué somada aquela que Moisés já tinha conquistado na transjordânia, juntas não representavam mais que uma sexta parte da área prometida por Deus a Abraão, que era desde o Egito até o rio Eufrates (Gn 15.18). Não foram conquistada, a Fenícia, a Filístia, a terra de Amate (Síria) e nem as partes de Edom e Moabe ao sul e leste do Mar Morto.
2.Divisão das Tribos de Israel

A Palestina foi repartida de forma desigual entre as tribos de Israel. A parte oriental do Jordão a região da Transjordânia, foi repartida entre as tribos ricas em gado de Rubem, Gade e a meia tribo de Manassés, por meio de um acordo em que se propuseram a ajudar as outras tribos a desapossar os indígenas hostis da região ocidental de Canaã. Este acordo entre eles não foi levado muito a sério, pouca foi a participação das duas e meia tribos nas lutas da nação. Logo após o fim das campanhas na Palestina ocidental, os primeiros a receberem a herança foram as tribos de Judá, Efraim e a meia tribo de Manassés, enquanto as outras restantes levaram tempo a obter suas possessões. Josué enviou três homens de cada tribo fazer um mapeamento do país. Quando voltaram, foi-lhes repartida a terra por sorte, as quais estudaremos agora.
2.1 Tribo de Rúbem

As cidades mais importantes que constavam eram: Aroer, Bezer, Hesbom, Jasa e Dibom.
2.2 Tribo de Gade

Entre as suas localidades, merecem destaque as cidades: Minite, Jaser, Maanaim, Penuel, Sucote, Ramote, Jabes-gileade, Bete-Nimra.
2.3 Tribo de Manassés - Oriental

Cidades: Quenate, Edrei, Gola, Astarote, Afeque e Salcá.

2.4 Tribos de Manassés - Ocidental

Cidades: Ofra, Taanaque, Dotã, Ibleã, Dor, Em-dor, Megido Bete-Seã.

2.5 Tribo de Judá

Judá tinha 115 cidades destas cedeu 18 para Simeão, e outras a Dã e a Benjamim, restaram-lhe: Hebrom, Belém ou Efrata, Carmelo, Técoa, Bete-Semes, Azeca, Quiriate-Jearim, Socó, Queila, Malom, Adulão, Laquis, Debir, Libna, etc.
2.6 Tribo de Benjamim

Ficou com as seguintes cidades: Jebus, Gilgal, Jericó, Ai, Betel, Ram, Anatote, Gibe, Micmas, Gibeom, e Mispá.
2.7 Tribo de Simeão

Cidades: Berseba, Ziclague, Sefate ou Hormá, Gerar e Arade.
2.8 Tribo de Dã

Cidades: Timna, Aijalom, Elteque, Zorá, Ecrom, Lida e Jope.
2.9 Tribo de Efraim

Cidades: Timnate-Sera, Tirza, Siquém, Bete-Horom e Samaria.
2.10 Tribo de Issacar

Cidades: Em-Ganim, Suném, Jesreel e Afeque.
2.11 Tribo de Zebulom

Cidades: Gate-Hefer, Quislote-tabor, Catate, e Naalal.
2.12 Tribo de Naftali

Cidades: Quedes, Hamate, Carta, Irom, Em-Hazor, Migdal-El, e Abel-Bete-Maaca.
2.13 Tribo de Aser

Cidades: Misal, Acsafe, Cabul e Reobe.

A tribo de José não teve nome nem herança entre seus irmãos ela foi dividida entre seus dois filhos, Efraim e Manassés. Já a tribo de Levi não teve herança, mas teve 48 cidades, perfazendo assim as 12 tribos. Das 48 cidades, 6, seriam cidades de refúgio (Js 21.41).

As Cidades de Refúgio Cidades Orientais:

Ramote Em Gade;

Bezer Em Rúbem;

Golã Em Manassés.

Cidades Ocidentais:

Quedes Em Naftali;

Siquém Em Efraim;

Hebrom Em Judá.



III - O REINO DE ISRAEL 1. O REINO UNIDO

Saul – Logo após o final do período dos Juízes, que durou cerca de 325 anos (1375 a 1050 a.C.), findando assim com Samuel, começa a época dos reis de Israel.

Saul foi feito rei pelo profeta Samuel em atenção ao clamor popular por um rei (1 Sm 8.5). Os estados vizinhos eram reinos, e acreditava-se que o fracasso do exército de Israel era devido à falta de liderança e unidade.

O primeiro rei de Israel começou seu reinado com grande promessa. Saul era rico, alto, bonito, jovem e popular. Ele comandou Israel com êxito contra os amonitas na libertação de Jabes-Gileade, antes mesmo de ser ungido rei em Gilgal. Com a ajuda de seu filho Jõnatas, um grande estrategista de guerra, venceu grandes batalhas principalmente em Micmas. Embora fosse bem-sucedido em suas campanhas militares no sul; que abriria caminho para seu sucessor, Davi, o ciúme mudou a sorte de Saul sendo derrotado e morto, ele e Jõnatas, pelos seus piores inimigos, os Filisteus, em Gilboa (1 Sm 31.1-6

Davi – Durante a vida de Saul, Davi já fora declarado herdeiro do trono, mas passou os anos finais do reinado de Saul em fuga devido ao ciúme do rei. Davi buscou refúgio em muitos lugares, inclusive entre os filisteus. Ele começou seu reinado em Hebrom, onde sua tribo, Judá, o ungiram rei. Sete anos depois, todas as tribos de Israel foram a Hebrom e o ungiram segunda vez rei sobre todo o Israel (2 Sm 2-5). Aos poucos, Deus ía exaltando Davi, preparando-o para reinar sobre toda nação. “Ia Davi crescendo em poder cada vez mais, porque o Senhor dos exércitos era com ele” (1 Cr 11.9).

Deus não somente deu um rei para Israel como também escolheu uma nova capital, Jerusalém. Jerusalém antes era conhecida como Jebus e pertencia aos jebuseus. Quando Davi a conquistou ele alterou o nome para Jerusalém, que quer dizer: “cidade de paz”.

A conquista de Jerusalém efetuada por Davi completou a conquista de Canaã.

Foi com Davi que o reino de Israel foi unificado, ele tomou providências para consolidar o que Saul tinha começado: unir seu povo, debilitar o poder dos filisteus e ampliar as fronteiras do reino conquistando as terras dos amonitas, edomitas moabitas e sírios.

O primeiro feito heróico de Davi foi tornar o país um lugar livre de inimigos. Davi estendeu o reino conquistando terras desde Dã até o ribeiro do Egito. Seu império se ampliou ainda mais, alcançando o rio Eufrates, no norte, e o porto de Eziom-Geber, no Golfo de Ácaba, no sul, ao mesmo tempo em que os povos de Edom, Moabe, Amom e Síria tornaram-se estados vassalos, sendo obrigados a pagar tributo (2 sm 8.2-14).

Salomão – Com sua morte, em cerca de 970 a.C., Davi entregou ao filho Salomão um império que cinqüenta anos antes teria sido inimaginável, e cujo tamanho não seria visto sob a regência de nenhum outro rei israelita.

Depois de sair vencedor de uma difícil luta de sucessão, Salomão reinou durante uns quarenta anos. Durante seu reinado, o reino de Israel alcançou seu apogeu de magnificência. As forças de Salomão eram a administração, as obras públicas e a diplomacia. Logo que assumiu o trono, ele orou a Deus pedindo sabedoria e Deus lhe concedeu (1 Rs 3.9).

Salomão casou-se com as filhas dos reis vizinhos como meio de selar relações diplomáticas, e entrou em empreendimentos comerciais conjuntos com Hirão, rei de Tiro. Dividiu o reino em 12 distritos administrativos (1 Rs 4.7–19) sob a administração de 12 oficiais, responsáveis pela provisão da casa real, um cada mês do ano.

Salomão construiu palácios para si e sua rainha em Jerusalém, edifícios para reuniões, para julgamento e com fins militares, e o Grande Templo, feito de pedra, cedro, cipreste e ouro. Sua reputação por esplendor, sabedoria e justiça espalhou-se longe, e sob seu reinado o povo desfrutou paz e prosperidade (1 Rs 4.20,25).

Salomão também criou um monopólio comercial e explorou os recursos naturais do seu império. Ele fortificou as cidades de Hazor, Megido, Gezer, Bete-Horom de baixo, Baalate, e Tamar (1 Rs 6; 7; 9.15-19). Construiu fundição para o ferro e empresas de mineração de cobre, e fez uma base naval em Eziom-Geber. Ergueu um exército efetivo, equivalente a 1.400 carros e 40.000 cavalos de guerra. Fundou a marinha de Israel, cujos navios, mantidos no Golfo de Ácaba, partiam em distantes viagens comerciais.

Contudo, a extravagância de alguns dos métodos de Salomão e a política de trabalho forçado lançaram as sementes de descontentamento que resultaram no colapso do reino durante o reinado de seu sucessor. Seu filho Roboão.
2.O REINO DIVIDIDO

Com a morte de Salomão, em cerca de 930 a.C., seu filho Roboão foi reconhecido rei em Judá, em seu lugar. Mas por causa das medidas repreensivas de seu pai, foi rejeitado pelos anciões das tribos do norte no concilio de Siquém (1 Rs 12). Jeroboão, que estava vivendo no exílio no Egito, fugido de Salomão, foi chamado pelas tribos do norte para liderar sobre eles.

Elegeram assim Jeroboão filho de Nebate como líder.

Assim o reino se dividiu em dois, Israel o reino do norte com Jeroboão seu primeiro rei, com10 tribos tendo inicialmente Siquém como capital depois Samaria.

Judá, o reino do sul com Roboão seu primeiro rei, com 2 tribos ficando com Jerusalém como capital, divididos aproximadamente ao longo da fronteira entre Efraim e Benjamim.

Israel passou por várias mudanças de dinastias e durou só uns 200 anos, até Samaria ser destruída, em 722 a.C. Enquanto Judá resistiu por mais tempo, mantendo a dinastia de Davi ao longo de sua história que chegou até 350 anos, até que Jerusalém também foi destruída em 586 a.C.



GEOGRAFIA DA PALESTINA

INTRODUÇÃO

Quando se vê a Terra Santa de cima, os olhos imediatamente deslizam pelo corredor longo e reto do vale do Jordão, percorrendo a direção norte-sul, na extensão total da Palestina, desde o monte Hermom a Arabá. Embora serpenteie de modo extremamente sinuoso ao longo do seu curso mais baixo, o rio Jordão está confinado por paredes laterais muito altas dos vales que formam parte do grande vale do Rife. Esta fissura é parte de uma falha geológica de 6.500 quilômetros que começa na Síria e termina em Moçambique.

Há milhões de anos, as placas subterrâneas nas quais os continentes da África e da Ásia descansam, se chocaram, ocasionando o dobramento e fratura da terra. Esta ação formou as características distintivas da Palestina. A pressão entre as duas placas fez com que os sedimentos do subsolo se avolumassem e subissem no oeste, formando as montanhas da Judéia. Na transjordânia, a placa se elevou e formou o planalto oriental superior. Entre eles o sedimento caiu, fazendo com que a superfície do mar Morto ficasse a uns 400 metros abaixo do nível do mar, o lugar mais baixo da Terra. (Pequeno Atlas Bíblico CPAD).

I - LOCALIZAÇÃO Localizada no continente asiático, a 30o Latitude Norte, e 35o Longitude Leste, banhada pelo Mar Mediterrâneo. A Palestina constitui-se num centro de gravidade para o mundo e as civilizações da antiguidade. Do ponto de vista comercial ficava na rota obrigatória do tráfico entre o Oriente e o Ocidente, bem como entre o Norte e o Sul, do ponto de vista político igualmente passagem inevitável dos exércitos conquistadores das grandes potências ao seu redor, razão pela qual estas se interessavam por sua conquista e fortificação. Daí as devastações sofridas pela Palestina em repetidas vezes durante a sua história. Através dos tempos o termo “Palestina” tem recebido vários nomes como: Terra de Canaã, Terra dos Amorreus, Terra dos Hebreus, Terra dos Israelitas, Terra de Judá, Terra da Promessa, Terra Santa e Palestina.

1 Limites

A Palestina limita-se: ao Norte – com a Síria e Fenícia; ao Leste – com partes da Síria e partes da Arábia; ao Sul – com Arábia; a Oeste – com o mar Mediterrâneo. Naturalmente estes são os limites médios ou prevalecentes da história política da Palestina, havendo épocas em que eles sofriam algumas modificações resultantes das conquistas ou perdas nas lutas com as nações vizinhas.
II - SUPERFÍCIE

No decorrer dos tempos a Palestina teve sua superfície consideravelmente variada, ora sendo mais, ora sendo menos extensa. Como nos dias dos reis Davi e Salomão, quando pela conquista anexaram-se vários territórios vizinhos, que aumentou sua extensão, e quando foi invadida pelos reinos ao seu redor, reduzindo seu território. Em termos médios sua superfície é de cerca de 30.000 quilômetros quadrados, sendo o seu comprimento em direção do norte para o sul de aproximadamente 250 quilômetros e largura media de 120 quilômetros. Em comparação com as superfícies dos Estados brasileiros a Palestina era um pouco maior que o Estado de Sergipe.

III - TOPOGRAFIA

De um modo geral os geógrafos modernos costumam dividir a Palestina em quatro secções longitudinais, a saber:

1 Planice da costa do Mediterrâneo;

2 Região montanhosa central;

3 Vale do Jordão;

4 Planalto Oriental, ou zona montanhosa de Galaad, a Transjordania.

Para um estudo mais detalhado da topografia da Palestina vamos seguir o esquema a baixo:
1) Planícies

(1) Planície do Acre – região do extremo noroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e que se estende até o monte Carmelo, bordejando a baia do Acre.

(2) Planície de Saron – região entre o monte Carmelo e a cidade de Jope, alargando-se na direção das montanhas da região central à medida que avança para o sul. Esta região é particularmente conhecida pelos famosos lírios e outras variedades de flores.

(3) Planície da Filístia – faixa de terra habitada pelos filisteus, entre Jope e Gaza, no sudeste da Palestina, ou seja, junto da costa sul, com cerca de 75 quilômetros de comprimento por 25 de largura. Grande produtora de cereais e frutas.

(4) Planície de Sefelá – com nível ligeiramente mais elevado que a planície da Filístia, ficando entre a planície da Filístia e as montanhas de Judá ao oriente, com várias colinas baixas e muito fértil, principalmente em trigo, uva e oliva.

(5) Planície de Jesreel ou Esdralon, também chamada de Armargedon. É uma confluência de três vales, dos quais o central, Jesreel, é o mais importante, a planície que traz este nome é considerada a maior da Palestina e a mais famosa. Situada entre os montes da Galileia e os de Samaria, alargando-se para o noroeste até o monte Carmelo e sul dos montes Libanos.

No ângulo suleste da planície fica o local da antiga e importante cidade fortificada de Jesreel, que foi a capital do reino do Norte ao tempo de Acabe e Jezabel. Para leste desta cidade desce o vale de Jesreel até atingir o Jordão na altura de Bete-Seã. De modo que a cidade empresta o seu nome tanto a planície que se estende para o noroeste da mesma, como ao vale que toma a direção leste.

Devido a sua posição estratégica, via de comunicação natural entre Damasco e Mediterrâneo, a planície foi palco de inúmeras batalhas desde os dias de Gideão, na época dos Juízes. O rio Quison atravessa a planície longitudinalmente, de leste a oeste, desembocando no Mediterrâneo ao norte do monte Carmelo.

O nome profético desta planície, Armargedon, (Ap 16.16), que significa “Montanha de Megido” é uma associação de fundo histórico com sangrentas batalhas ocorridas perto da cidade de Megido, ao sul da planície, para caracterizar as futuras dores e os triunfos do povo de Deus.

Além destas existem outras planícies menores espalhadas pela Palestina, como a de Jericó, a de Dotam, a de Moabe, a de Genezaré etc

IV - VALES

Embora a Palestina tenha muitos vales, vamos focalizar e localizar os principais:

(1) Vale do Jordão. Este é o maior vale da Palestina; começa no monte Hermom, no extremo norte, corta o país até o Mar Morto, no extremo sul. Inicialmente é muito estreito, cerca de 100 metros, abrindo para 3 quilômetros logo a baixo do Mar da Galileia, chegando a 15 quilômetros na região de Jericó, tornando a estreitar-se pouco antes do Mar Morto, no seu ponto final. Este vale serve de passagem para o famoso rio Jordão. Este vale é o de maior profundidade de toda a face da terra com 426 metros a baixo do nível do Mar Mediterrâneo, numa distancia de 215 quilômetros em linha reta desde Hermom até o Mar Morto.

(2) Vale de Jesreel. Não confundir este vale com a planice do mesmo nome. O vale de Jesreel tem o seu começo nas cabeceiras do ribeiro de Jalud, que serpenteia pelo mesmo, e termina no vale do Jordão na altura de Bete-Seã.

(3) Vale de Açor. Fica entre as terras de Judá e Benjamim, ao sul de Jericó, no qual se deu o apedrejamento e queima de Acã e toda a sua família.

(4) Vale de Aijalom. A 24 quilômetros a nordeste de Jerusalém, onde se deu a vitoriosa batalha de Josué com os amorreus quando o sol parou sobre Gibeom e a lua sobre o vale de Aijalom. Sua extensão mede-se em 18 quilômetros de comprimento na direção do Mediterrâneo, por 9 de largura.

(5) Vale de Escol, a oeste de Hebrom, famoso pela sua fertilidade especialmente a dos vinhedos. Foi deste vale que os espias levaram a Moisés um cacho de uvas tão pesado que foram preciso dois homens para transporta-lo (Nm 13.22-27).

(6) Vale de Hebrom. Este fica a 30 quilômetros a sudeste de Jerusalém, no qual se levanta a célebre cidade de Hebrom, a família de Abraão se fixou por longo tempo em suas cercanias.

(7) Vale de Sidim. Este é o provável vale onde hoje é o Mar Morto, precisamente a parte sul, que seria a mesma região de Sodoma e Gomorra segundo Gênesis 14.3-10.

(8) Vale de Siquém. Situado no centro de Canaã, entre os montes Ebal e Gerizim, com 12 quilômetros de comprimento, avançando na direção noroeste da cidade de Siquém, atualmente se chama Nablus. Neste vale está o poço de Jacó, famoso pelo encontro de Jesus com a samaritana.

(9) Vale de Moabe, é o vale mais largo dos três “wadis” que desembocam na planice de Moabe a nordeste do Mar Morto.
V - MONTES

Para o povo Hebreu os montes estavam sempre associados a vida religiosa e militar, inúmeras foram as experiências nestes sentidos. Parece, para os israelitas, que os montes sempre lhes queriam dizer que o Criador esta a cima de todas as coisas. Não podemos esquecer também que Deus, geralmente falava aos lideres do povo nos montes. Assim falou com Moisés no monte Sinai e Elias no Horebe e tantos outros.

Os montes da Palestina podem ser divididos em dois grupos gerais: os montes palestinicos propriamente ditos, e os montes transjordanicos.

1.Montes Palestinicos

1.1 Monte Hatim – fazendo parte do pequeno conjunto chamado, Cornos de hatim localiza-se a oeste do Mar da Galiléia. Sua altitude é de 180 metros. Por se tratar de lugar pitoresco, com ampla vista para o Mar da Galileia, julga-se ter sido ali o lugar onde Jesus reuniu os seus discípulos e proferiu o célebre Sermão do Monte, razão pela qual também é conhecido como “Monte das Bem-Aventuranças”.

1.2 Monte Tabor, este também fica na Galiléia, na parte nordeste da planice de Jesreel ou Esdralon. Tem 615 metros de altitude. Na historia do Velho Testamento este monte tem significação importante devido às batalhas ocorridas junto ao mesmo, como sejam: a de Baruque e Débora contra Sisera (Juizes 4) e de Gideão contra os reis midianitas (Juizes 8). No segundo século da nossa era grandes teólogos pensaram que a transfiguração de Jesus se dera ali, chegando a construir em seu topo marcos comemorativos do acontecimento, que mais tarde a mãe de Constantino, Santa Helena, transformou em três templos; um par Jesus, outro para Moisés e outro para Elias. Posteriormente, porém, razões fortes fizeram crer que a transfiguração teria ocorrido em alguma elevação do lado sul do monte Hermom.

1.3 Monte Gilboa. Este fica a sudeste da planice de Jesreel e tem forma alongada, medindo 13 por 5 a 8 quilômetros e altura de 543 metros. Seus flancos são íngremes e escarpados. Inesquecível pela morte de Saul e seu filho Jõnatas na batalha contra os filisteus.

1.4 Monte Carmelo. Seu nome significa “campo fértil, jardim”. Na realidade o Carmelo é uma pequena cordilheira com cerca de 30 quilômetros de comprimento por 5 a 13 de largura que pende do Mediterrâneo para sudeste Palestina adentro. Seu ponto mais alto tem 575 metros onde havia um altar antigo, referido em I Reis 18.32, lugar onde Elias desafiou aos profetas de Baal. Ao lado norte do monte corre o rio Quison em cuja margem Elias mandou matar aos profetas de Baal em fuga.Este monte forma uma barreira entre as planices Esdralon ao norte e Sarom ao sul, apresentando em seus flancos inúmeras cavernas que pela sua conformação interna algumas parecem terem sido habitadas. Uma delas é assinalada como “Gruta de Elias”, que hoje é um santuário muçulmano. Esses quatro primeiros montes fazem parte “região montanhosa de Naftali”, da qual estes são os mais importantes.

1.5 Monte Ebal, situado ao norte de Nablus, antiga Siquém, tem cerca de 1000 metros de altitude, e é árido e escarpado. Tanto este como o monte Gerizim (que iremos descreve-lo a baixo), são também conhecidos como os montes da Bênção e da Maldição (Dt 11.29; 27.1-13; Js 8.30-34). Os que visitam o vale de Siquém dizem que os dois montes de fato formam uma espécie de anfiteatro em que os efeitos acústicos permitem distinguir num dos montes e no vale a voz de uma pessoa que fala do outro monte.

1.6 Monte Gerizim. Fica ao sul do vale de Siquém, também árido e escarpado, com 940 metros de altitude possue uma historia particular. É que, depois do cativeiro babilônico dos judeus, os samaritanos, sob o governo de sambalá, construíram um templo rival ao de Jerusalém, constituindo a Manassés sumo-sacerdote do mesmo. Este era genro de Sambalá, o governador, e fora expulso do sacerdócio judaico de Jerusalém por ter esposado uma mulher estrangeira (Ne 13.28). Embora mais tarde, em 129 a.C., o templo fosse destruído por João Hircano, nos dias de Jesus ainda os samaritanos continuavam a celebrar o seu culto no alto do monte Gerizim (Jo 4), como se deduz da conversa de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó que ficava a beira da estrada que passava pelo vale de Siquém. Estes dois montes abrangem principalmente a tribo de Efraim.

1.7 Monte Sião. É o monte mais alto dos montes de Jerusalém, com cerca de 800 metros de altitude. Mais tarde, quando Davi levado para Sião a arca, esta monte passou a ser considerado monte sagrado. E quando a arca foi transferida para o templo que Salomão construiu no monte Moriá, “o nome Sião compreendia também o templo”, e daí por diante designava freqüentemente toda a cidade de Jerusalém. 1.8 Monte Moriá. Ao leste de Sião, sua altitude varia de 800 a 900 metros. Segundo Gênesis 22.2, designava uma região. Em geral é aceito que foi neste monte que Abraão levantou um altar e preparou-se para sobre o mesmo sacrificar a Isaque, seu único filho (Gn 22.9,10). Foi neste mesmo lugar que mil anos depois Salomão construiu o templo de Jerusalém.

1.9 Monte das Oliveiras. Este monte faz parte de uma pequena cordilheira, com cerca de três quilômetros de comprimento, que corre do norte para o sul no lado oriental do vale de Cedrom que o separa do monte Moriá. A cordilheira apresenta quatro elevações distintas, sendo que a mais baixa, a que fica defronte do monte Moriá, tem 820 metros de altitude acima do nível do Mar, 120 metros acima do Cedrom e cerca de 60 metros sobre o platô do Templo no monte Moriá. É este o monte das Oliveiras propriamente dito. Na sua base ocidental fica o jardim de Getsemane e nos seus flancos há abundancia de oliveiras. Jesus se dirigiu muitas vezes para este monte. Foi deste monte que Jesus, olhando para Jerusalém, chorou sobre ela, pronunciando as palavras proféticas referentes a sua destruição (Lc 19.28-44).

1.10 Monte da Tentação. Este é o monte que a tradição assinala como local onde Jesus foi tentado logo após seu batismo, a 20 quilômetros a sudeste de Jerusalém, tendo apenas 98 metros de altitude embora tenha 320 metros acima de sua base, pois está situado no vale do Jordão.
2 Montes Transjordanicos

2.1Monte de Basã. É o monte que se refere o Salmo 68.15. Nos dias de Abraão esta parte da Transjordania era habitada pelo povo de gigantes chamados Refains. O ultimo rei deste povo foi Ogue Morto pelos israelitas sob o comando de Moisés e cuja cama de ferro media cerca de 4 metros de comprimento por 1,80 de largura (Dt 3.11).

2.2 Monte de Gileade. É um conjunto montanhoso, ao sul do Yarmuque, indo até a parte norte do mar Morto, dividido ao meio pelo ribeiro de Jaboque. Foi o primeiro território conquistado pelos israelitas e coube a tribo de Gade. Esta foi a terra de Elias, o profeta (1 Rs 17.1). No Novo Testamento esta parte era conhecida como Peréia

2.3 Monte Nebo ou Pisga, a cerca de 15 quilômetros ao leste da foz do Jordão e por trás da planice de Moabe, com 800 metros de altitude. Um fato marcante nesse monte foi, Moisés ter contemplado a terra prometida e morrido ali (Dt 34.1-6).

2.4Monte Peor. Fica próximo do Nebo. Do ponto mais alto deste, Balaão contemplou o acampamento de Israel na planice e o abençoou pela terceira vez.

VI HIDROGRAFIA

1 Maresa) Mar Mediterrâneo. A bíblia também o chama de “O Mar Grande” e “Mar Ocidental”. Este Mar banha toda costa ocidental da Palestina. Por ser de pouca profundidade na costa palestinica, constituía-se numa vasta defesa natural de sua fronteira ocidental. (Mais detalhes em mares do mundo antigo).

b) Mar Morto, também conhecido pelos nomes de “Mar Salgado”, “Mar Oriental”, “Mar do Arabá” etc. Fica na foz do rio Jordão, entre os montes de Judá e os montes de Moabe. Este Mar está na maior depressão geográfica da terra com 400 metros abaixo do Mediterrâneo. Sua forma ovalada mede 76 quilômetros de comprimento por 17 de largura. Suas águas são as mais densas dos mares, com cerca de 25% de salinidade, em razão das enormes jazidas de sal no sul e da excessiva evaporação. O fato bíblico mais importante relacionado com este mar é a destruição de Sodoma e Gomorra, cidades que, parece, tiveram lugar no sul do Mar Morto, hoje coberto por um pantanal betuminoso. O seu nome atual “Mar Morto” foi lhe dado pelos geógrafos e historiadores antigos do século II da nossa era.

c) Mar de Galiléia. É também conhecido pelos nomes de Mar de Quinerite, Mar de Tiberiades e lago de Genezaré. Este é um lago de águas doces formado pelo rio Jordão, por ter suas dimensões alargadas na região da Galiléia, e temporais violentas que freqüentemente o agitam, as populações adjacentes o tem chamado de Mar. Suas medidas são de aproximadamente 24 quilômetros de comprimento por 14 de largura, com seu nível 225 metros abaixo do Mediterrâneo e sua profundidade media é 50 metros. As cidades e praias das margens da Galiléia foram palco da maior parte do Ministério de Cristo.
3 Rios

a) Rio Jordão. Seu nome significa “declive” ou “o que desce”. Este é o rio principal da Palestina e corre na direção norte-sul, assim divide o país em duas partes distintas: a Canaã propriamente dita e Transjordania. Tem seu inicio no monte Hermom, (Síria) originado-se da confluência de quatro pequenos rios, 11 quilômetros do lago de Merom. São eles: Bareigthit, Hasbani, Ledan e Banias. Para um estudo mais detalhado costuma-se dividir o curso do Jordão em três trechos: o primeiro trecho é

A região das nascentes, que depois da junção das quatro nascentes atravessa uma planice pantanosa numa extensão de 11 quilômetros e entra no lago de Merom. Neste trecho a sua largura varia muito e a profundidade vai até 4 metros. O segundo trecho é

O Jordão Superior, entre o lago de Merom e o Mar da Galiléia, com extensão de 20 quilômetros. É um trecho quase reto, com um declive de 225 metros, o que torna as suas águas impetuosa e provoca um enorme trabalho de erosão. A largura varia de 8 a 15 metros. O terceiro trecho é

O Jordão Inferior estende-se do Mar da Galiléia ao Mar Morto numa distancia de 117 quilômetros em linha reta e cerca de 340 quilômetros pelo leito sinuoso do rio, tendo uma largura que varia entre 25 e 35 metros, e 1 a 4 de profundidade. Neste trecho o declive do rio é de 200 metros pelo qual o rio desce precipitadamente, formando numerosos meandros e cascatas alargando o vale até 15 quilômetros, como corre na altura de Jericó.Dos pontos de vista geográfico, histórico, político, econômico e religioso o Jordão é rio mais importante do mundo antigo. Está ligado á Revelação desde os dias de Abraão até os dias de Jesus. Entre muitos acontecimentos de grande relevância que aconteceram neste rio destacam-se: a separação das águas para Israel passar (Js 3. 9-17); a travessia de Elias e Eliseu, em seco (II Rs 2. 6-14); a cura de Naamã (II Rs 5. 1-14); a recuperação de um machado (II Rs 6. 1-7); o ministério de João Batista e o batismo de Jesus (Mc 1.5,9).

b) Rio Quison. Este é o maior rio da Bacia do Mediterrâneo e o segundo da Palestina. Nasce das pequenas correntes de Gilboa e Tabor, montes da Galiléia, recolhendo outras águas da planice de Esdraelon, desaguando no Mediterrâneo. Suas águas são impetuosas e perigosas no inverno, e no verão são escassas. Foi neste rio que Baruque derrotou Sisera, sendo os cadáveres de seus soldados arrastados pela corrente do mesmo (Jz 5.21), e Elias matou os profetas de Baal depois do desafio no monte Carmelo.

Existem outros rios na Palestina, mas são menos importantes do que os dois já mencionados (Jordão e Quison), são os chamados “wadis” ou ribeiros, ou torrente dos meses de chuvas. São rios que só correm águas na época das chuvas (I Rs 17. 1-7). A saber: Belus, Caná, Gaás, Sorec, Besor, Querite onde Elias foi sustentado pelos corvos com pão e água (I Rs 17. 1-7), Cedrom, Iarmuque, jaboque, Arnon etc.
VII - DESERTOS

Biblicamente analisado, os desertos que nos interessam na Palestina são os que se localizam ao norte e oeste do Mar Morto, também conhecidos como

“deserto de Judá” (Jz 1.6) ou “deserto da Judéia” (Mt 3.1). Este deserto é um conjunto subdividido nos seguintes desertos menores: Maon, Zife e Em-Gedi, que ficam entre o sul de Hermom e Mar Morto. São particularmente relacionados com Davi durante as suas fugas das perseguições de Saul (I Sm 24-26).
Mais ao norte destes três estende-se outros dois desertos Tecoa e Jeruel, estes ligados a singular vitória do rei Josafá sobre os Amonitas e Moabitas que tentaram atacar o reino de Judá pelo sul (II Cr 20), a vida e ministério do profeta Amós (Am 1.1), bem como o ministério de João Batista (Lc 1.80). E ainda mais ao norte destes desertos ficavam os de Jericó, Beteavem e Gibeom.
VIII - ECONOMIA

Devido à variedade do clima e do solo a Palestina oferece também abundante variedade de produtos nos três reinos da natureza: vegetal, animal e mineral. É importante saber que por ser Israel um povo teocrático, a produção da terra estava intimamente ligada a religião, ou seja, tanto a abundancia como ma escassez seriam proporcionais ao estado espiritual do povo (Dt 28).

1. Reino Vegetal. Os produtos mais comuns eram o trigo, a oliva e a uva. Era a base da alimentação dos hebreus e formavam o trinômio tão repetido na Bíblia, “pão, azeite e vinho”. Outras plantas também eram cultivadas, cevada, lentilha, feijão, pepino, cebola, alho, mostarda, figo, melão, tâmara e romã. Das plantas silvestres eram, cedros, pinheiro, faia, carvalho, acácia, palmeira, murta, lírio do campo e rosa de Saron.

2. Reino Animal. Na ordem dos domésticos que serviam tanto para alimento como para o trabalho e transporte, os animais mais importantes eram: a vaca, a ovelha, a cabra, a mula, o camelo, o jumento o cavalo e o cão. Na ordem dos selvagens dos quais uns poucos poderiam ser consumidos eram: a corça, lebre, chacal, lobo, raposa, leopardo, leão, hiena, víbora, camaleão, perdiz, codorniz, pombo, galinha, avestruz, cegonha, rola, pelicano, corvo e tantas outras aves. Na ordem dos insetos: abelhas e gafanhotos de varias espécies, moscas, mosquitos, formigas, etc. alem de grande variedade de peixes com cerca de 43 espécies. Há de se destacar o gafanhoto que até hoje é consumido como alimento, pela classe pobre, e do qual João Batista se alimentava.

3. Reino Mineral. Entre os metais o mais abundante parece ter sido a prata, depois cobre, estanho, chumbo, enxofre, betume (asfalto) e ouro.
IX - CIDADES

1. Jericó. Provavelmente a cidade mais antiga do mundo ou pelo menos de toda Canaã, segundo os historiadores. Os vestígios de vida humana da idade da pedra, encontrados nas camadas mais profunda de suas ruínas dão provas disto. Localizada a 8 quilômetros da parte inferior do Jordão, na direção oeste, a 12 quilômetros ao norte do mar morto e 24 quilômetros de Jerusalém na direção leste; e, ainda a 272 metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Quando foi conquistada pelo povo de Israel, era uma cidade grande e bem fortificada. Mas, foi destruída milagrosamente por Deus sob o comando de Josué (Js 6). Cerca de 500 anos depois, a cidade foi reconstruída, nos dias do rei Acabe (I Rs 16.34). Tanto no tempo do Antigo como no Novo Testamento varias ocorrências estão registradas na Bíblia sobre esta cidade. A cidade moderna está a 1.600 metros a sudeste da anterior.

2. Hebrom. Está entre as cidades mais antigas do mundo, seu primeiro nome era Kiriath-Arba (Js 1.10). Situada ao sul das montanhas de Judá, a oeste do Mar Morto, a 32 quilômetros ao sul de Jerusalém. Foi morada de Abraão por algum tempo, foi lá que ele comprou o campo de Macpela dos heteus onde sepultou Sara sua mulher, lugar este que se tornou verdadeiro cemitério dos patriarcas. Foi nesta cidade que Davi foi ungido rei e reinou durante 7 anos e 6 meses. Seu nome atual é el-Khalil.

3. Belém. Também é uma das mais antigas cidades da Palestina. Situada a 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, na estrada que vai para Hebrom, numa colina de 700 metros de altitude nas montanhas de Judá, numa região sobremodo fértil. Seu nome bíblico é Bethlehem-Efrata (Que significa casa de pão) ou Belém de Judá. Um pouco ao norte desta cidade Raquel, a amada de Jacó, morreu por ocasião do nascimento de Benjamim. Foi ali que se realizou o casamento de Boaz e Rute a moabita, uma estrangeira que se tornou a bisavó do rei Davi e, portanto, ascendente de Jesus. Também ali nasceu Davi, o notável rei de Israel, e Jesus o filho de Deus e Salvador do mundo.

4.Jope (Jafa ou Yafa). É outra cidade das mais antigas da Palestina e, segundo alguns historiadores romanos, é até antediluviana. Situada a cerca de 60 quilômetros a noroeste de Jerusalém, na costa do Mediterrâneo, era o porto da capital israelita. De acordo com II Crônicas 2.16 e Esdras 3.7 os cedros do Líbano, utilizados na construção do primeiro e segundo templo em Jerusalém, eram levados pelo mar até Jope, ali desembarcados, e depois conduzidos a Cidade Santa. Foi neste porto que Jonas embarcou para Tarsis tentando fugir da vontade de Deus. Apesar de ter sofrido muitos ataques e arrasamentos dos exércitos inimigos, Jope sempre voltou a prosperar, hoje junto a velha Jope, do lado norte, ergue-se a moderna Tel-aviv, o grande centro dos sionistas judeus.

5. Siquém. Esta é outra das cidades mais antigas da Palestina, pois sua historia remonta a mais de 2000 a.C., quando das peregrinações de Abraão. Fica entre os montes Ebal e Gerizim, na Samaria, bem no centro geográfico da Palestina, no fértil vale de Siquém. Foi nesta cidade que Abraão erigiu seu primeiro altar quando entrou em Canaã. Foi ali também que o Senhor lhe declarou: “a tua semente darei esta terra” (Gn 12.6,7). Mais tarde Jacó, ao voltar da Mesopotâmia, fixou residência ali e levantou um altar ao Senhor. Perto de Siquém Jacó cavou um poço que se tornou celebre pelo encontro de Jesus com a mulher samaritana. Depois da queda do reino do norte os colonos assírios estabeleceram-se nas cidades de Samaria mesclando assim com os judeus remanescentes resultando na raça samaritana. A cidade foi destruída e reconstruída varias vezes. Hoje é chamada Nablus.

6. Samaria. Uma das cidades mais importantes e influentes na vida de Israel. Fundada em 921 a.C. por Onri rei de Israel e pai de Acabe. Ficava situada 8 quilômetros a noroeste de Siquém, num monte de muralhas quase inexpugnáveis, foi capital do reino do norte durante 200 anos. Caiu sob o poder da assíria em 722 a.C.depois de um prolongado cerco que começou no tempo de Salmanasar V e terminou no de Sargão II. Em Samaria havia um templo a Baal que rivalizava com o templo de Jerusalém em riqueza e esplendor. Já no Novo Testamento, Filipe pregou o Evangelho nesta cidade com grande aceitação (At 8.1-25).
7. Nazaré. Sempre lembrada por ter sido nela que Jesus passou sua infância e juventude, razão pela qual foi conhecido como Jesus de Nazaré. A 22 quilômetros do extremo sul do mar da Galiléia, na direção oeste. A cidade não é mencionada no Antigo Testamento. Já o Novo Testamento registra a sua incredulidade. Não tinha boa reputação entre os judeus (Jo 1.46). No entanto, para os cristãos, depois de Jerusalém e Belém, ela é a cidade mais célebre da Palestina.

8. Cesaréia. Fica a 75 quilômetros a noroeste de Jerusalém, entre Jope e monte Carmelo, no litoral do Mediterrâneo. Foi construída por Herodes, o Grande, no local da antiga cidade dos filisteus chamada Torre de Strato, e cognominada Cesaréia em homenagem a César Augusto, imperador romano. Nos tempos do Novo Testamento foi a cidade mais célebre da Palestina por tratar-se de sua capital política. Lá estava a sede da administração civil e militar da província romana. Os grandes edifícios, o templo, o anfiteatro, o hipódromo, os teatros, ruas pavimentadas, instalação de água e esgoto, etc., fizeram a gloria da cidade, embora por pouco tempo. É certamente a cidade do evangelista Filipe e de Cornélio.

9. Cesaréia de Filipo. Uma antiga vila fenícia de Baal-Gade, este nome foi uma homenagem do tetrarca Filipe a Tibério César, e para distingui-la da Cesaréia do Mediterrâneo acrecentou-lhe o seu próprio nome. Ampliando e embelezando a cidade que se encontrava ao sopé do monte Hermom, Filipe fê-la uma espécie de estância de veraneio para a aristocracia da época. Foi nesta cidade que Pedro fez sua maior confissão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, foi também nesta ocasião e lugar que Jesus pronunciou a profecia a respeito da edificação da sua igreja. (Mt 16.13,16, 18,24).

10. Tiberíades. Fica na margem ocidental do Mar da Galiléia (ou lago de Tiberiades a 8 quilômetros da extremidade sul do referido mar.

11. Capernaunm (ou Cafarnaum). Era cidade da costa noroeste do Mar da Galileia, a principal entre outras tantas da região, posto militar romano e centro de recolhimento de impostos do império. Pelos vestígios das antigas estradas há indícios de que Capernaum era um centro comercial movimentado, pois ficava na margem da rota entre Damasco, na Síria, e Ptolemaida, no Mediterrâneo. Mas o fato mais importante para os estudiosos da Bíblia é que Capernaum era a cidade residencial de Jesus, bem como do seu discípulo Pedro (Mt 8.14-17; 9.1). Também foi ali que o Salvador realizou o maior numero de milagres e pronunciou os mais profundos ensinamentos.

12. Jerusalém. Cujo significado é (“lugar de paz” ou “habitação segura”). Está entre as cidades mais célebre do mundo. E no que diz respeito a historia bíblica ela ocupa o primeiro lugar. Esta posição privilegiada de Jerusalém não está em sua extensão, nem em sua riqueza ou expressão cultural e artística, e sim em sua profunda e ampla relação com a revelação, ou seja, no seu sentido religioso. Ela foi de um modo especial, o cenário das manifestações patentes e evidentes do poder, da justiça, da sabedoria, da bondade, da misericórdia, enfim. Da Grandeza de Deus. Por isto as alusões proféticas e apostólicas a apresentam como o próprio símbolo do céu (Is 52.1-4; Ap 21).

A historia desta cidade já chega a 4000 anos e já foi conhecida por vários nomes:

Salém. Nome mais antigo (Gn 14.18). Provavelmente uma abreviação da palavra Jerusalém, cidade devotada a Shalem, antiga divindade semita da paz e prosperidade.

Jebus. Porque era cidade dos jebuseus na época dos Juizes.

Sião. Nome de um dos montes da cidade.

Cidade de Davi. Uma referencia a conquista da cidade por Davi e feita capital do reino de Israel.

Cidade de Deus ou Cidade Santa. Por estar ali o templo nacional.

Cidade de Judá. Ou seja, a capital do reino de Judá.

Jerusalém. É o nome mais comum e que permanece até o presente.
Fica situada na parte sul da cordilheira central da Palestina, ou seja, nas montanhas de Judá, na mesma latitude do extremo norte do Mar Morto, a 21 quilômetros a oeste do Mediterrâneo. Está edificada sobre um promontório a 800 metros de altitude. Ao leste do promontório fica o vale de Josafá ou cedrom que separa a cidade do monte das oliveiras. A oeste e ao sul fica o vale de Hinon que em certa época da historia foi o “vale da matança”, assim chamado por causa dos sacrifícios das crianças em holocausto ao ídolo Moloque (II Rs 23.10) e dos fogos que ardiam constantemente, consumindo o lixo da cidade, os detritos dos holocaustos pagãos, etc. Daí por analogia a palavra grega Gehena que significa “vale de Hinon” que veio a designar o lugar de castigo eterno dos condenados, o inferno.
X- POVOS HABITANTES

Bem no inicio da historia étnica da Palestina, antes da chegada de Abraão a terra era chamada Canaã, a região era ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gn 12.6; 24.3,37). A informação que temos de Moises em Gênesis 10.15-20, quase todos os povos da região da Terra da Promessa primitivamente eram camita, pois eram descendentes do filho mais moço de Cão, chamado Canaã. Porém, não se pode descrever com certeza os limites das primitivas tribos de Canaã, por falta de dados sobre sua origem idioma e costumes. Se as Escrituras não as houvessem mencionado, teriam desaparecido da historia sem deixar vestígios ou sinal algum. Até onde sabemos, as cidades desses povos eram muradas e fortificadas, cada uma tendo o seu próprio rei, exceto umas poucas que eram de natureza mais nômade. Esses reinos eram, geralmente, independentes e bastante belicosos para alcançar a supremacia. Alguns desses reinos, e em certas épocas quase todos eles, eram subordinados ao Egito. Os mais importantes deles são os seguintes

1) Cananeus. Mesmo que esta designação seja, aplicada, na linguagem bíblica, a todos os povos da Palestina primitiva, no sentido mais restrito se limitava aos descendentes de Canaã que habitavam a costa do Mediterrâneo. Numa estreita faixa de terra que vai desde a baia do acre até o Jordão, e ao longo do mesmo rio até ao sul do Mar Morto. Suas cidades mais importantes eram Jope, Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim no vale do Jordão.

2) Amorreus. É outro povo descendente de Canaã; eram umas das mais poderosas tribos. Foi o povo que ofereceu a mais forte oposição ao avanço da conquista dos israelitas, haja vista a batalha difícil em Gibeom, quando Josué pediu a Deus que o sol e a lua se detivessem. Ocupavam o deserto a oeste do Mar Morto e as regiões montanhosas adjacentes a este.

3) Heteus. São os descendentes de hete, filho de Canaã e neto de cão, portanto, camitas também. Hoje são conhecidos como hiteus e hititas. Pelo que já se conhece deste povo, as áreas por eles ocupadas, em diversas épocas de sua historia, estende-se desde a Ásia Menor, norte da Palestina, Síria, indo até o rio Eufrates. Abraão os encontrou também em Hebrom (Gn 23). Quando Moises enviou os doze espias para o reconhecimento da terra que haviam de ocupar, os heteus são citados entre outros povos presentes nas montanhas do sul da Palestina (Nm 13.29).

4) Heveus. Estes também eram camitas. Pouco se sabe de sua historia. Parece que não eram muito numerosos. Encontramos suas principais colônias em Siquém, (onde um heveu ultrajou a Diná, filha de Jacó); norte de Canaã; sul de Canaã – na vizinhança de Jerusalém.

5) Jebuseus. Jebus ou Jerusalém era o único lugar onde habitava esse povo, pois não é mencionada outra qualquer área ocupada por eles. Porém, ainda que pequeno, era um povo valente. Encastelado na sua cidade de Ofel, (Sião), resistiu aos ataques de Josué e seus exércitos. Só muito mais tarde, nos dias do rei Davi, é que foram expulsos de sua fortificação. Foi quando Jerusalém foi proclamada capital do reino de Israel. Porém, os jebuseus não foram completamente exterminados e continuaram a habitar entre os hebreus. A área em que Salomão mais tarde edificou o famoso templo foi comprada por Davi de um jebuseu de nome Araúna (II Sm 24.18-25).

6) Perizeus. Este parece ser um dos povos que habitavam a terra de Canaã, e não ter origem camita, primeiramente, por não constar o seu nome na lista dos filhos de Cão em Gênesis 10.15-20, e também por não ter o costume de murar as sua cidades, uma vez que a sua ocupação era a agricultura. Ao tempo de Abraão estavam eles entre os cananeus na região de Betel; nos dias de Jacó havia um grupo ou colônia deste povo nas proximidades de Siquém (Gn 34.30).
7) Girgazeus. Eram também camitas. Por varias vezes mencionados na Bíblia, mas não se sabe em que partes da Palestina habitavam. Alguns admitem que tenham ocupado alguma área na margem ocidental do Jordão, ou a oeste de Jericó.

Além destes povos que habitavam em Canaã ou Palestina, existiam outros povos vizinhos da Palestina no tempo da conquista pelos hebreus. São eles:

Os Amalequitas, de origem incerta, freqüentemente citados na Bíblia; sempre hostis ao povo de Deus.

Os Edomitas, povo semita descendente de Esaú.

Os Moabitas e Amonitas, descendentes de Moabe e Amom netos de Ló.

Os Midianitas, povo semita descendente de Mídiã, filho de Abraão com Quetura.

Sírios.

Fenícios, um grande povo que habitava ao norte da Palestina.

Filisteus, de origem desconhecida, inimigos ferrenhos de Israel.

Escrito por Ev. João Batista T Costa- Sombrio - SC.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Meu filho, você não merece nada

Meu filho, você não merece nada


A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada


Por: ELIANE BRUM


Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).


Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.


Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.


Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.


Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.


Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?


Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.


A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.


Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.


Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.


Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.


Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.


Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.


Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ué... E Igreja Tradicional Cresce no Brasil

POR: Augustus Nicodemus Lopes

Comentado por: Idauro Campos



Cumpriu-se, então, a "profecia" de Darcy Dusilek.


Abaixo de meu comentário segue o texto escrito pelo Dr. Augustus Nicodemus Lopes, sobre o fenômeno da volta do Crescimento das igrejas históricas.



Há 15 anos, o saudoso pastor batista Darcy Dusilek, à época presidente da Convenção Batista Brasileira, disse que as Igrejas históricas deveriam se preparar para receberem em suas membresias os crentes que viriam do movimento neopentecostal profundamente decepcionados e desejosos por igrejas mais saudáveis e equilibradas.

Além disso, Paul Freston, Historiador e Antropólogo Social e professor da Universidade de São Carlos (SP) em seu artigo, publicado em ULTIMATO, comentou acerca do não cumprimento de alguns prognósticos publicados na década de 90 que apontavam para o fim das igrejas tradicionais. O sociólogo pontua que diferentemente do que alguns técnicos em estatística analisaram, as históricas não só não desapareceram, como, também, passam por uma fase estável (diferentemente das neopentecostais).



E, não podemos nos esquecer, do fenômeno do neocalvinismo (reconhecido e publicado na prestigiada revista americana TIME) onde, como se sabe, muitos de seus adeptos são oriundos de comunidades neopentecostais que cansados com as heresias do movimento, descobriram nas doutrinas da Graça o antídoto necessário para livrar-se de toda intoxicação teológica-doutrinária.

Portanto, Darcy estava certo. Pena não estar vivo para aferir como “profetizara” e Freston acertou também em suas análises!



Embora o movimento dos desigrejados cresça intensamente no Brasil, pois já somam mais de 4 milhões de evangélicos em nosso país que declararam no último censo do IBGE a desvinculação com qualquer instituição religiosa, não é de admirar que grande parte destes “desigrejados” sejam, em sua ampla maioria, filhos das igrejas pentecostais e neopentecostais, que se decepcionaram com os ensinos e práticas dos líderes e demais congregados.



É claro que há desigrejados também nas fileiras históricas, entretanto, seu fluxo é menor, porquanto, em tais comunidades há mais prestação de contas (moral, ética e financeira), equilíbrio litúrgico, ênfase na oração, comunhão e engajamento social e missionário e reflexão com foco mais bíblico-teológico e doutrinário, sendo, consequentemente, ambientes mais saudáveis. Claro, que não é assim em todas as igrejas locais do grupo das históricas, mas, ao não existirem desta forma, estão, na verdade, negando suas tradições constrúidas e legados herdados.



Portanto, alegro-me em verificar o registro daquilo que já percebia. O crescimento das igrejas históricas.






Como disse acima... A profecia de Darcy Dusilek (In Memorian) se cumpriu!


Abraços em Todos!


Idauro Campos.




UÉ... E Igreja Tradicional Cresce no Brasil?




Eu não havia ainda reparado para um detalhe que me parece muito interessante no "Novo Mapa das Religiões" no Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A pesquisa foi publicada esta semana e trouxe grande repercussão em vários setores da mídia.

Há muitos pontos de interesse na pesquisa, que podem ser objeto de comentário e reflexão em outra ocasião. No momento, quero me referir somente a este, que é a constatação de que entre 2003 e 2009 o crescimento percentual dos evangélicos tradicionais (presbiterianos, batistas, luteranos, etc.) foi maior do que o crescimento percentual dos pentecostais (Assembléia de Deus, Universal do Reino de Deus, etc.). De acordo com o Estadão,

"A pesquisa também apontou estagnação da proporção de evangélicos pentecostais (de igrejas como Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus), que teve grande crescimento nos anos 1990, e aumento do evangélicos tradicionais (batistas, presbiterianos, luteranos, etc)."

A notícia comenta ainda:

"Neri [o pesquisador responsável] associa os avanços econômicos na última década ao aumento de 38,5% dos evangélicos tradicionais (de 5,39% a 7,47%), enquanto os pentecostais tiveram crescimento ínfimo, de 12,49% em 2003 a 12,76% em 2009".

Entendo que há um erro conceitual da pesquisa, que é colocar a Universal do Reino de Deus como sendo pentecostal, ao lado da Assembléia de Deus. Isso pode ter puxado o resultado para baixo, pois enquanto é sabido que a Universal de fato vem perdendo membros, pensava-se que a Assembléia continuava a crescer como sempre fez. A queda da Universal pode ter superado o crescimento da Assembléia e empurrado o percentual para menor. Reconheço também que o pesquisador identifica como a causa deste crescimento a melhoria econômica dos brasileiros. A lógica é esta, quanto maior o poder aquisitivo, maior a preferência pelas igrejas tradicionais. A conferir.

De qualquer forma, está registrada a retomada do crescimento do Cristianismo evangélico tradicional no Brasil, fato que já havíamos pressentido a partir da nossa observação informal do cenário brasileiro pelas redes sociais, encontros, grande mídia, eventos, etc.

Em termos absolutos, os pentecostais são muito maiores. Resta saber se os tradicionais serão capazes de fazer a diferença, agora que estão começando a crescer.